O melhor guia sobre IA no trabalho - do básico ao avançado
Usar ou não travessão não é a questão. Esse guia, que ao sair do forno já está desatualizado, te ensina a usar IA do básico ao avançado para acelerar sua carreira.
Se tem uma habilidade que todo mundo precisa ter é saber fazer seu trabalho mais rápido e melhor. Esse é o primeiro passo para ter um salário maior.
A questão é simples, fomos contratados para executar uma função, se fizermos ela melhor, temos mais chances de ganhar mais e acelerar o atingimento dos NOSSOS sonhos.
Por isso, na conversa de hoje, quero trazer uma visão geral sobre o uso de Inteligência Artificial como a ferramenta que vai facilitar e acelerar sua carreira.
Tem muito vídeo sobre Inteligência Artificial se baseando em FOMO pra vender curso. A questão é que, para usar bem a IA, você só precisa ser curioso e procurar as fontes corretas.
Nesse caso, para todo curso pago sobre IA, você consegue encontrar pelo menos um vídeo no YouTube explicando isso rapidamente e de graça — se estiver em inglês, é só usar alguma extensão que coloca legendas automáticas.
Muito se fala sobre o tema e todo dia tem algo novo, por isso esse guia já nasce desatualizado, porém sua essência e aprendizados estarão em dia. Mais importante do que saber qual ferramenta usar, é entender como pensar o uso da IA a seu favor.
Dito isso, vem comigo que hoje você vai aprender, ou ao menos entender, sobre as possibilidades de usar IA e como você pode se destacar.
Usando IA estrategicamente
Tem surgido um debate recentemente que estão resumindo a identificação de textos gerados por IA somente através do uso de travessão — mesmo que usado adequadamente.
Te garanto que, se a questão se resumisse somente ao uso de um sinal ortográfico, ela seria simples. Consumo muito conteúdo sobre o tema e quero compartilhar esses insights aqui.
Nas últimas semanas, meu hiperfoco tem sido sobre Assistentes de Inteligência Artificial.
Como bom nerd com TDAH, às vezes eu consigo direcionar esse interesse intenso em questões que podem ajudar na minha carreira — além de aprender sobre hobbies aleatórios.
Desde 2021, quando lançou o primeiro modelo de geração de imagens, o Dall-E, eu já entrei na lista de espera e tive acesso antecipado à ferramenta.
Quando mostrei o potencial da IA para meu time, todos ficaram de boca aberta — “Gere a imagem de um papagaio azul usando chapéu de Papa em um estilo de pintura a óleo neoclássico”.
Nessa época — parece até que estou falando do século passado —, era mais entretenimento e descoberta. Depois chegou o Chat GPT e as possibilidades aumentaram exponencialmente.
Sempre usei como um assistente. Sou muito curioso, então ele sempre tinha respostas de coisas que eu demoraria muito para achar só com o Google. No trabalho, as aplicações ainda estavam restritas ao potencial da própria ferramenta.
Com a evolução do GPT para os modelos modernos e surgimento de outros players no mercado, o uso começou a ser turbinado e o potencial prático cada vez maior.
Antes eu usava somente o ChatGPT e pensava que tinha tudo ali. Agora, consigo entender melhor outros modelos (Gemini, Claude, Copilot) e, mais recentemente, sobre Agentes de IA.
Quando comecei a estudar sobre o tema, eu já estava atrasado nessa jornada. Consumi incontáveis vídeos, artigos e tutoriais.
Consegui enfim criar meu primeiro Assistente de IA, que lê e responde e-mails e eventos do meu calendário através de mensagens via Telegram.
Enquanto descobria essas possibilidades, percebi como eu mesmo, que já usava IA há tempos, não conhecia sobre as novas aplicações e usos.
Apesar de parecer que todo mundo está usando IA, percebi que, na prática, é bem diferente.
Não é só pedir pro GPT ajudar a mandar uma mensagem de aniversário para uma amiga de infância que você não vê há anos, resumir um livro ou dar um google.
Eu venho usando IA de diferentes formas para facilitar minha vida.
Percebi que a IA, especialmente para quem está no mundo corporativo – líder ou liderado –, está rapidamente saindo da esfera do "futuro" e se tornando uma ferramenta do presente.
Ignorá-la ou tratá-la apenas como um brinquedo tecnológico é perder uma oportunidade real de otimização e crescimento — e de ter um salário maior.
A boa notícia? Utilizá-la de forma estratégica está longe de exigir um conhecimento profundo de programação ou um investimento pesado em cursos para “usar IA de forma estratégica”.
Tem muito conteúdo bom e gratuito por aí.
Por isso, nessa edição, fiz um compilado de alguns usos de IA. A ideia é que esse material sirva de apoio para iniciar sua própria jornada dentro da IA.
Aqui terão aplicações práticas e conceitos desde os mais básicos até os mais avançados que podem acelerar seu desenvolvimento e facilitar sua rotina.
Inteligência Artificial como ferramenta
Vamos alinhar as expectativas:
Apesar de o uso de IA ser muito controverso em alguns contextos, como na criação de conteúdo autoral, a ideia não é abordar essa perspectiva aqui.
Para olhar o uso de IA com outra perspectiva, eu falei disso em um texto da minha outra newsletter, Conversas à Mesa. Se quiser conferir, dá uma olhada nesse post:
Quando falamos de IA no contexto atual de trabalho, geralmente estamos nos referindo a Modelos de Linguagem Grandes (LLMs) – como o ChatGPT (da OpenAI), Gemini (do Google), Claude (da Anthropic), entre outros.
Pense neles como sistemas extremamente avançados em reconhecer padrões e prever sequências lógicas de texto, treinados com uma quantidade massiva de informações da internet e outras fontes.
Eles não "pensam" ou "sentem" como humanos. São, essencialmente, motores de probabilidade textual — entender isso é chave.
Sua força reside na capacidade de processar, resumir, gerar e transformar linguagem em uma velocidade e escala impossíveis para nós, afinal esses modelos possuem uma base de referências gigantesca.
As principais vantagens práticas se traduzem em:
Velocidade: Automatizam tarefas que consomem tempo (resumir, redigir rascunhos, pesquisar).
Escala: Lidam com grandes volumes de informação (análise de documentos, transcrição).
Inspiração: Ajudam a destravar bloqueios criativos e a gerar ideias iniciais.
Aprendizado: Facilitam o acesso e a compreensão de novos conceitos.
É importante entender que as IAs que estamos acostumados, como o ChatGPT, simplesmente buscam referências e, com base em probabilidade de uso, fazem sugestões.
ChatGPT não é oráculo, artista ou autor — nem vilão
Existe uma narrativa polarizada sobre a IA: ou é a solução mágica para tudo, ou é a ameaça iminente que vai nos substituir.
A realidade, ao menos por enquanto, é muito mais pragmática.
A IA é uma ferramenta de alavancagem cognitiva — desde que usada como ferramenta em vez de “substituta” da ação humana.
Por exemplo
Para escrever, podemos usar papel e caneta ou então ligar o computador e digitar. Em ambas as situações, não eliminamos a atividade e o esforço da escrita, somente escolhemos a ferramenta que vai facilitar esse trabalho.
A IA se encaixa nessa mesma lógica para tarefas intelectuais.
Ela não substitui o pensamento crítico, a estratégia ou a inteligência emocional, mas nos libera de tarefas mais mecânicas ou de processamento inicial, permitindo que foquemos nossa energia nessas atividades de maior valor agregado.
A "demonização" muitas vezes esquece que a ferramenta, por si só, não tem intenção. Ela replica os padrões (e os vieses) presentes nos dados com os quais foi treinada.
Então, o conceito de “criar algo com IA” está mais próximo da cópia de padrões existentes do que da criação original do zero.
No dilema do uso de IA na escrita, por exemplo: sim, usamos padrões, formatações e normas que podem ser replicados entre os textos — regras e boas práticas de escrita.
Usar a IA para ajustar um material produzido a um determinado formato ou para verificar a conformidade com essas normas é uma forma de uso que acelera o processo, sem anular a autoria da ideia central.
O uso ético, a checagem de fatos e o julgamento final continuam sendo, e devem ser, responsabilidade humana.
Tratar a IA como um colega autônomo ou um substituto é um erro; vê-la como um assistente especializado e incansável, que precisa de direção clara, é muito mais produtivo.
Não se engane achando que seu copy feito integralmente pelo ChatGPT não vai parecer IA pois você substituiu o travessão por hífen ou ajudou a pontuação.
Isso só funciona para leitores leigos e com baixo pensamento crítico. Para textos técnicos, genéricos e informativos, ela vai fazer um ótimo copy otimizado para SEO.
Agora, para escrever com autenticidade, sentimento e com ideias únicas, nós ainda não somos substituíveis — ainda bem!
A habilidade mais importante é saber pedir corretamente
Se houver somente um assunto que você deseja aprender sobre o tema, eu diria que é esse: dar comandos para a IA.
Meu maior aprendizado nessa imersão não foi sobre a tecnologia em si, mas sobre a arte de formular perguntas e instruções (prompts). É aqui que a mágica acontece.
Saber dar comandos (prompts) eficientes já é visto como uma habilidade que distingue usuários iniciantes dos avançados em IA. É isso que transforma um resultado genérico em uma resposta realmente útil e precisa.
Melhorar seus prompts envolve, essencialmente:
[Persona] Definir o Papel (Role-playing): Instruir a IA a "agir como..." (Ex: "Aja como um revisor de textos acadêmicos", "Aja como um especialista em negociação") ajuda a calibrar o tipo de resposta.
[TAREFA] Ser Específico: Diga exatamente o que você quer, qual o formato da resposta, o tom desejado e para qual público se destina.
[CONTEXTO] Dar Contexto: Forneça as informações de fundo relevantes para a IA entender a situação e suas restrições. Sem contexto, ela adivinha (e geralmente erra).
[FORMATO] Iterar e Formatar: Raramente o primeiro resultado é perfeito. Encare como uma conversa. Refine sua pergunta, peça ajustes ("torne mais formal", "explique de forma mais simples", "foque no ponto X"), experimente abordagens diferentes.
Embora existam várias estruturas, uma abordagem simples e eficaz, inspirada em recomendações como as do Google e de outras fontes, é pensar no seu prompt em blocos:
[PERSONA] + [TAREFA] + [CONTEXTO] + [FORMATO]
Exemplo Prático:
Prompt Fraco: "Me dê ideias de e-mail."
Prompt Estruturado:
PERSONA: "Aja como um gerente de comunicação interna experiente."
TAREFA: "Rascunhe um e-mail curto e motivacional para a equipe."
CONTEXTO: "Acabamos de atingir a meta trimestral de vendas com muito esforço. O objetivo é agradecer, reconhecer o trabalho duro e inspirar para o próximo trimestre. O tom deve ser positivo e genuíno."
FORMATO: "Estruture em 3 parágrafos curtos. Inclua um espaço para [Nome do Líder] assinar."
Viu a diferença? O segundo prompt dá direção e limites, aumentando drasticamente a chance de receber algo útil.
Para aprender mais sobre Prompts recomendo os conteúdos:
Esse vídeo da Tina Huang resume muito bem, mas é em inglês, o curso de 9 horas sobre Promp Engineering do Google.
O Google possui alguns cursos, do básico ao avançado (como esse do video). Um menor seria esse: Google Prompting Essentials
Por sinal, sigam a
pois o canal dela no YouTube é bem didático.Escalando seu conhecimento e uso de IA do básico ao avançado
Agora vamos às aplicações como forma de integrar a IA à sua rotina.
Uma ressalva: A maioria das aplicações aqui podem ser feitas nos modelos gratuitos. No entanto, conforme sua demanda fica complexa, talvez você precise assinar algum plano.
O ChatGPT, por exemplo, tem uma janela curta de atuação gratuita, vai ser difícil realizar análise de dados sem estourar a cota. Já um Google AI Studio e Gemini possuem uma janela de contexto maior — chamados de tokens gratuitos.
Por sinal, uma dica extra: Use mais de uma IA.
Algumas são boas para textos e criatividade, como o GPT, e outras para códigos e processamento de dados como o Gemini e o Claude.
Lição de casa: Use a estrutura de prompts acima e peça pro ChatGPT fazer um comparativo entre elas de acordo com seu uso, processamento, limites e custos.
Separei as sessões abaixo de acordo com o nível de uso, do 1 ao 4.
Nível 1
O Explorador Curioso (Uso Básico)
Aqui estão a maioria dos usuários. O uso é mais intuitivo, sem estrutura de comandos, e as respostas são genéricas. Às vezes a necessidade é essa mesmo, não precisamos de prompts super elaborados para algumas atividades simples.
O que é:
Familiarizar-se com as ferramentas gratuitas (ChatGPT-3.5, Gemini básico, Claude gratuito). Usar para tarefas simples e pontuais.
Exemplos:
Resuma este artigo [link]
Me dê 5 ideias de nome para um projeto sobre X
Traduza esta frase para o inglês", "Cheque a gramática deste parágrafo
Foco: Entender a interface, testar diferentes tipos de perguntas, perceber o potencial e as limitações básicas.
Nível 2
O Otimizador Consciente (Prompts Estratégicos)
O uso aqui já é mais estratégico. Comandos bem pensados vão gerar respostas mais precisas e análises mais certeiras. O contexto importa muito e deixa os resultados menos genéricos.
O que é:
Ir além das perguntas simples, aplicando estruturas de prompt (como a mencionada acima) para obter resultados mais direcionados e úteis para tarefas do dia a dia.
Exemplos:
Carreira:
Atue como um Headhunter, Analise meu CV [colar CV] vs. o descritivo da Vaga [colar], e dê uma nota de compatibilidade de perfil. Me apresente 5 pontos de melhoria. Simule uma entrevista para [Cargo], aja como o recrutador e me faça perguntas comportamentais, uma por vez, até eu dizer "terminamos" e finalize com uma avaliação dos pontos de melhoria e como devo me preparar Atue como um assessor de carreira, rascunhe uma carta de apresentação para esta vaga [link], enfatizando [habilidade X e Y do Curriculo] Atue como um Recrutador Especializado no segmento [Insira o segmento de mercado - tech, indústria, serviços] e com base no meu CV em anexo [anexar CV] faça as seguintes análises: 1. O nome dos cargos e posições que meu perfil está mais aderente 2. As empresas desse segmento que possuem maior demanda para esse perfil 3. uma avaliação estimada da faixa salarial que o mercado está pagando para um profissional com minha experiência.
Produtividade:
Preciso comunicar [decisão complexa] para [público]. Rascunhe um email claro e empático, explicando o porquê [dar contexto] em até 4 parágrafos em tom corporativo[dar formato] Compare as opções A (investir em equipe interna), B (contratar consultoria) e C (não agir agora) para resolver um gargalo operacional. Crie uma tabela com prós, contras e riscos de cada uma. Finalize com uma recomendação baseada em custo, impacto e velocidade. Atue como um editor e revisor de textos experiente e efetue os ajustes gramaticais e ortográficos do texto abaixo que fará parte do blog da empresa [colar texto aqui]. Organize minhas tarefas da semana aplicando a Matriz de Eisenhower. Aqui está minha lista bruta: [cole tarefas]. Classifique-as como urgente/importante e monte um plano visual de execução.
Análise de Dados:
Atenção! Não compartilhe dados sensíveis da empresa! Somente se houve política para isso. Algumas empresas tem assinatura de IA que permitem o compartilhamento de dados. Não compartilhe nenhum dado da empresa com a IA sem autorização.
Atue como um analista de dados de marketing. Com base na planilha abaixo [cole dados], identifique padrões de queda de conversão e sugira 3 hipóteses com ações testáveis. Use linguagem clara para apresentar a um público de não especialistas. Interprete os KPIs trimestrais: CAC, LTV, churn e receita recorrente [dados fictícios ou reais]. Faça um resumo executivo com insights, previsões e sugestões de alocação de orçamento para o próximo ciclo. Com base nessa tabela de feedbacks NPS [colar tabela], gere uma nuvem de temas críticos e destaque os que mais impactam a satisfação. Proponha 2 ações práticas para aumentar o NPS em 10% nos próximos 3 meses.
Aprendizado e Desenvolvimento Pessoal:
Crie um plano de estudo de 4 semanas para aprender storytelling aplicado a negócios. Inclua: 1) um livro ou artigo-chave por semana, 2) um exercício prático, 3) uma tarefa de aplicação real (como fazer uma apresentação curta ou um pitch). Considere que tenho 3h semanais disponíveis. Recebi estes feedbacks no último ciclo: [listar]. Agrupe-os em 3 competências (ex: comunicação, organização, tomada de decisão). Para cada uma, proponha um plano de ação com hábito semanal e uma meta mensurável. Atue como um expert em fazer resumos didáticos e intuitivos e compile a transcrição abaixo, extraída de uma aula/palestra/video do YouTube, em formato de [markdown, documento work, notas, cards]. Meu objetivo é ‘ser mais estratégico’. Redefina isso como 3 metas SMART e proponha checkpoints quinzenais de acompanhamento. Sugira também um recurso (livro, podcast ou mentor) para cada uma.
Foco: Praticar a engenharia de prompt, fornecer contexto rico, iterar nas respostas, usar a IA como um parceiro de raciocínio inicial. Fazer isso bem feito já te coloca à frente da maioria dos usuários de IA.
Nível 3
O Construtor de Atalhos (Intermediário)
Entramos agora em terras mais turbulentas, porém temos o barco adequado para superar essa travessia: você.
Nesse nível surgem algumas aplicações que começam a tocar assuntos como programação low-code, no-code e até vibe-code — pede pro GPT explicar melhor cada uma delas.
Aqui o esquema é eficiência e especialização. Quanto mais usamos, mais vamos recorrendo às mesmas funções, então nada melhor do que deixá-las pré-programadas.
O que é
Criar "receitas" ou assistentes personalizados para tarefas recorrentes, economizando o tempo de reescrever prompts complexos.
Exemplos:
Utilizar funcionalidades de IAs personalizadas, como os GPTs customizados para encapsular instruções e conhecimentos específicos.
Esse vídeo ensina como fazer:
Com esse GPT personalizado as possibilidades aumentam ainda mais, pois você terá um assistente focado em determinado assunto e com o contexto adequado.
Assim, em vez de sempre repetir várias informações ou carregar vários arquivos, você faz isso uma única vez.
Você pode criar um:
Analista de Dados Instantâneo: pré-alimentado com formatos e fontes comuns de relatórios internos, ajudando na interpretação rápida dos dados e identificação de insights estratégicos.
Facilitador de Reuniões: um assistente que gera pautas objetivas, modelos de ata e follow-ups padronizados, reduzindo o tempo gasto com organização e documentação pós-reunião.
Assistente para Comunicação Interna: configurado com o tom e estilo de comunicação interna da empresa, criando e-mails claros, objetivos e alinhados com a cultura corporativa em poucos segundos.
Planejador de Desenvolvimento de Carreira: sugere planos personalizados de aprendizado, cursos recomendados, e oportunidades internas com base no Curriculo, perfil e nos objetivos profissionais do colaborador.
Checklist Inteligente para Projetos: gera checklists e lembretes específicos para diferentes tipos de projetos, garantindo que etapas críticas sejam sempre lembradas e cumpridas.
Além de criar GPTs personalizados, outras possibilidades são:
Automatizar rotinas simples com ferramentas no-code, integrando IAs com aplicações que você já utiliza. Por exemplo o Copilot no MS Office, IA integrada do próprio Notion, gerar conteúdo na IA do Canva, integrações como Airtable ou Zapier.
Criar bibliotecas pessoais de prompts organizadas por contexto, que você possa reutilizar rapidamente, ajustando apenas detalhes específicos. Se um prompt funcionou bem, salve ele!
Configurar assistentes inteligentes com contexto especializado, eliminando a necessidade de reapresentar informações detalhadas em cada nova interação.
Foco: Identificar processos repetitivos que podem ser otimizados com IA pré-configurada, elevando a eficiência, melhorando resultados profissionais e apoiando diretamente seu crescimento de carreira.
Nível 4
O Arquiteto de Automação (Avançado)
Chegamos ao ponto mais avançado da jornada. Aqui, deixamos de apenas conversar com a IA para começar a construir sistemas que trabalham por você.
É onde a inteligência artificial começa a agir com mais autonomia, conectando ferramentas, executando tarefas em sequência e tomando decisões simples com base em regras.
O que é:
Criar fluxos automáticos em que a IA pesquisa, analisa, responde, envia mensagens, atualiza planilhas, toma decisões e aprende com os dados, sem que você precise repetir tudo manualmente.
São os chamados “agentes de IA”, que operam como assistentes digitais autônomos para atividades complexas.
Embora muitos desses recursos ainda estejam em evolução e exijam alguma familiaridade com tecnologia, já existe espaço para iniciantes.
Com tutoriais acessíveis e ferramentas intuitivas, é possível começar por etapas simples e ir ganhando confiança.
A partir desse nível fica cada vez mais difícil fazer algo robusto de graça. Para aprender e testar é o suficiente e não paga nada, principalmente na plataforma N8N que oferece 14 dias de testes gratuitos.
A democratização ao acesso dos agentes está bem difundida e tem muita gente experimentando e fazendo muito dinheiro com isso!
Alguns agentes estão substituindo programas e até funções no mercado.
Para se aprofundar eu recomendo esses dois vídeos a seguir: O primeiro a Tina dá uma aula sobre o que são agentes e o segundo o David ensina passo a passo a construir seu primeiro agente:
Aplicações práticas no mundo corporativo:
1. Briefing diário automatizado
Um agente que acompanha notícias do seu setor, resume os principais acontecimentos e envia um e-mail matinal com tudo o que você precisa saber para começar o dia atualizado.
2. Análise de desempenho com alertas inteligentes
Em vez de revisar planilhas manualmente, você pode configurar um sistema que monitora seus indicadores e envia alertas quando algo foge do esperado — como queda nas vendas ou aumento de cancelamentos.
3. Triagem de candidatos automatizada
Ao invés de passar horas lendo currículos, você pode criar um fluxo que organiza os dados, avalia o alinhamento com a vaga e entrega uma shortlist comentada para facilitar a decisão do RH.
4. Otimização de reuniões
Crie um assistente que monta a pauta da reunião, envia lembretes aos participantes e gera uma ata automática com os próximos passos — tudo com base em inputs rápidos.
5. Resumo inteligente de reuniões gravadas
Gravou uma reunião importante? Um agente pode transcrever, resumir os tópicos discutidos, destacar decisões e organizar tudo num documento pronto para ser compartilhado.
6. Automação de follow-ups com clientes
Você pode criar um sistema que identifica clientes que não interagem há X dias e dispara uma mensagem personalizada com sugestão de reunião ou conteúdo relevante.
Foco deste nível:
Explorar o potencial da IA como um aliado operacional.
Mesmo sem saber programar, você já pode imaginar — e aos poucos montar — sistemas que automatizam partes do seu trabalho, liberando tempo para decisões estratégicas, criatividade e desenvolvimento profissional.
Lembrando novamente que o caminho para crescermos profissionalmente e termos melhores salários passa primeiro por entregar e fazer mais do que você foi contratado — se a empresa não reconhecer isso, o mercado vai.
O último texto da news é um guia de como aumentar seu salário, recomendo a leitura:
Neste estágio, mais do que dominar a técnica, o que importa é cultivar uma mentalidade de arquiteto: olhar para o seu dia a dia e perguntar "isso aqui poderia ser automatizado?"
Essa curiosidade, somada a ferramentas cada vez mais acessíveis, já é o suficiente para começar.
As Ressalvas Importantes: Onde a IA Tropeça
Nenhuma ferramenta é perfeita, e a IA tem suas limitações cruciais:
"Alucinações": IA pode inventar fatos, fontes ou detalhes com total convicção. A verificação de informações críticas é indispensável. Ela é ótima para um primeiro rascunho, péssima como fonte final e única.
Vieses Embutidos: Treinada com dados do mundo real, ela inevitavelmente carrega e pode reproduzir vieses sociais, culturais e históricos. Tenha um olhar crítico sobre as respostas, especialmente em temas sensíveis.
Falta de Bom Senso e Contexto Real: Ela não entende nuances emocionais complexas, ironia, sarcasmo ou o contexto cultural específico da sua empresa ou equipe. O julgamento humano aqui é insubstituível.
Dependência da Instrução (Prompt): A qualidade da saída está diretamente ligada à qualidade da entrada. Instruções vagas geram resultados vagos. "Lixo entra, lixo sai" é a regra de ouro.
Confidencialidade: Jamais insira informações altamente confidenciais ou proprietárias da sua empresa em ferramentas públicas de IA. Verifique as políticas de privacidade e use o bom senso.
A ideia não é terceirizar o pensamento, mas sim otimizar o processo.
Para tarefas altamente especializadas ou que exigem integração profunda, a automação via código ou agentes mais sofisticados podem ser o caminho.
Mas para a vasta maioria das otimizações do dia a dia, dominar a "conversa" com a IA é o suficiente para gerar um impacto enorme.
Profissional que se destaca
Se ainda não ficou claro, deixo aqui a minha ressalva final de que o intuito desse material é salientar o uso da IA como ferramenta.
Ela não é substituta do ser humano, principalmente quando falamos de atividades criativas e que exigem pensamento crítico.
A IA generativa está disponível e acessível. Trate-a como uma caixa de ferramentas altamente personalizável e com acesso a muitas fontes de informação.
Se você ainda não começou a usar, ou se está usando apenas para o básico (Nível 1), o convite é: escolha uma tarefa que consome seu tempo ou que te frustra no trabalho esta semana.
Tente aplicar um prompt mais estruturado (Nível 2). Pode ser resumindo aquele treinamento, gerando as primeiras ideias para aquele projeto empacado ou reorganizando as ideias de um parágrafo que não sai de jeito nenhum.
Abra seu navegador, busque uma IA gratuita (ChatGPT, Gemini, Claude) e tente delegar parte do processo, dando instruções claras (lembre-se: Persona, Tarefa, Contexto, Formato). Veja o que acontece.
O pior cenário é não funcionar tão bem na primeira tentativa, e você aprendeu algo sobre como pedir melhor da próxima vez. O melhor cenário é você ganhar tempo e energia para focar no que realmente importa.
Com o tempo e prática, você certamente vai desmistificar o uso e ver que, assim como toda ferramenta, a IA também tem seus pontos de melhoria.
Nem tudo é um mar de rosas como muitos influenciadores pregam. Existem muitas limitações, mas só conseguimos entender isso quando realmente usamos.
Eu vejo que o diferencial vai estar em usar bem a IA ao invés de usar muito. A prática vai ensinar justamente a identificar quem está usando de forma rasa ou aprofundada.
Tem muita gente ganhando palco no tema e não está nem no nível 3, afinal visibilidade importa tanto quanto performance. Por isso, una os dois e mostre que você, além de conhecer, sabe fazer e faz bem feito — com ou sem travessão.
Conheça mais Conversas no Corredor
Criei essa newsletter para falar sobre temas do mundo corporativo que todo CLT deveria aprender. São aquelas conversas que eu gostaria de ter tido com meu gestor ao longo da minha carreira—insights que fazem a diferença, mas que nem sempre surgem em reuniões ou treinamentos formais.
Por isso, chamei de Conversas no Corredor: aprendizados que acontecem naquele papo despretensioso enquanto tomamos um café.
Se quiser acompanhar, já pega o seu café e vem comigo! 🔥💼